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Mostrando postagens de setembro, 2019

Cartas do Padre Jean-Pierre de Caussade Compiladas pelo Padre Pierre Chaignon, Autor do Livro: A Paz da Alma

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Em seu livro: A Paz da Alma - Fruto da Devoção à Eucaristia e do Abandono à Providência , o Padre Pierre Chaignon, na segunda parte, compila vários escritos de Santos e Mestres da Vida Espiritual sobre o tema da Providência Divina. Nesta parte ele reuniu algumas cartas do Padre Jean-Pierre de Caussade, autor do livro: O Abandono à Providência Divina, republicado recentemente pelo clube do livro católico Minha Biblioteca Católica . Abaixo está uma dessas cartas, onde ele dá valorosos conselhos: Sacrifício que Deus exige a uma alma para formá-la à vida interior Quando não tiverdes vagar nem gosto de ler, procurai manter-vos em paz na presença de Deus, e não vos deis trabalho procurando fazer outras práticas de sub-rogação, salvo se Deus vos der o movimento e a facilidade; e se vos parecer que vos falta coragem em muitas coisas, esforçai-vos por conservardes a determinação geral de consagração a Deus. Humilhai-vos vendo quanto esta vontade é pouco eficaz e considerai-vos como

Como é o Processo de Edição dos Nossos Lançamentos

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Vocês sabem qual é o processo que faço para reeditar uma obra? Segue as etapas: 1) Transcrição da obra inteira que está em Domínio Público, utilizo para isso um exemplar físico ou escaneado. Eu redigito a obra inteirinha passando para grafia atual, trocando palavras arcaicas, adicionando significado de outras nas Notas de Rodapé, e adicionando também algumas complementando algo ou atualizando. A parte mais demorada. Nesta etapa também já dou uma formatação mais moderna e uniformizada do livro. 2) Reviso o livro inteiramente corrigindo pequenos errinhos. Adiciono as Informações Editoriais, crio a capa e adiciono mais notinhas. 3) Com a primeira revisão, a estrutura do Ebook está pronta, passo pro meu Kindle e leio inteiramente novamente tirando foto de novos errinhos que passaram. Depois corrijo-os. 4) Lançamento do Ebook. 5) Início da preparação da Versão Física. Como os e-readers adaptam o conteúdo à tela e é maleável, você pode alterar o tamanho de letra, e

Como as Adversidades são Úteis aos Pecadores, por São Cláudio de la Colombiére

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É pela adversidade, cristãos ouvintes, que Ele coage os homens mais perversos a reentrarem nas suas boas graças; e que outra via mais eficaz para os levar a isso? A palavra de Deus, o uso dos sacramentos, as graças comuns podem manter na prática do bem os que se obrigam a eles, mas um homem sobrecarregado do peso dos negócios públicos e domésticos, uma mulher que vive nos prazeres, que é escrava da vaidade, um cristão, numa palavra, que envelheceu na sua impiedade e nas suas desordens, é necessário, senhores, é necessário que sofra ou que pereça. Sei o quanto a palavra de Deus é eficaz, sei que ela é mais penetrante do que uma espada de dois gumes; mas todos os dias não vemos senão abundantemente que os homens lhe resistem e que ela não pode atingir até os corações empedernidos. Que não se há dito contra esse luxo espantoso que devora a substância assim dos pobres como dos ricos, contra esse jogo que consome impiedosamente um bem com que se poderia comprar o céu, esse jogo q

A Cena Encantadora, por Padre Julio Maria de Lombaerde

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Reconstituamos agora a cena total das Bodas para recolher as profundas lições que dela emanam. É uma cena de núpcias com todo o encanto da simplicidade antiga. É provável que os nubentes fossem parentes de Maria Santíssima ou de São José, e por esta razão foram convidados Jesus e Maria. Era no começo de sua vida pública e Jesus tinha escolhido apenas uns cinco ou seis discípulos, e assistiu, com eles ao pequeno festim, junto com sua Mãe. De repente, vem a faltar o vinho, o que prova que os nubentes pertenciam à classe pobre. Maria Santíssima percebe o embaraço dos nubentes e quer logo poupar-lhes, como aos convidados, um desgosto ou uma contrariedade. Vê-se nesta solicitude de Maria Santíssima toda a bondade do seu coração. Ela é mulher, é mãe, conhece por experiência estes imprevistos da vida doméstica. Ela não duvida que o faça a seu pedido. Acostumada aos seus obséquios de criança, à sua suave submissão, às suas divinas atenções, ela sabe que é bastante dizer uma palavr

Símbolos do Santo Sacrifício da Missa, por Frei Martinho de Cochem

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O primeiro símbolo da Santa Missa foi o sacrifício do justo Abel que oferecia piedosamente ao Altíssimo as primícias de seu rebanho. Este sacrifício agradou ao Senhor; pois que diz a Sagrada Escritura: “O Senhor lançou os olhos sobre Abel e sobre a sua oferta. (Gn 4, 4)” O sacrifício de Abel partia de um coração submisso e fiel, e era feito em vista do futuro Salvador. O fogo desceu do céu, diz a Sagrada Escritura, e consumiu o holocausto de Abel. O sacrifício de Abel agradou visivelmente ao Altíssimo; mais lhe agrada, porém, o Sacrifício do Novo Testamento. Quando o sacerdote oferece na Santa Missa o pão e o vinho e pronuncia as palavras da consagração, o fogo divino do Espírito Santo consome o pão e o vinho, mudando-os no Corpo e no Sangue de Jesus Cristo. Este holocausto, portanto, é infinitamente mais agradável ao Senhor que o de Abel. O Pai Celestial o acolhe com grande satisfação, dizendo: “Este é o meu Filho bem amado em quem pus toda a minha complacên

Como Bem fazer a Comunhão Espiritual, por Frei Martinho de Cochem

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Depois de ter declarado ser o desejo da Santa Igreja que todos os fiéis fizessem a Santa Comunhão na Missa a que assistem, o Santo Concílio de Trento recomenda, instantemente, aos que se reconhecem indignos da recepção da Eucaristia, fazer ao menos a Comunhão Espiritual que consiste no ardente desejo de receber Jesus Cristo. Esta prática não seria tão recomendada, se não fosse proveitosíssima às nossas almas e um dos principais meios de aumentar-nos à graça divina e a glória celeste. Quando Jesus Cristo estava na terra, fez muitas curas pela imposição das mãos; a muitos, porém, restituiu a saúde de longe, sem estar presente, como, por exemplo, à filha da Cananeia e ao servo do centurião. A infinita generosidade de Nosso Senhor não se limita às almas que se aproximam dignamente de seu Sacramento de Amor, estende-se também àquelas que não podem recebê-l’O sacramentalmente. Não diz ele: “Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá mais fome, e aquele que crê em mim, nã

Sobre as Roupas Usadas na Missa, por Frei Martinho de Cochem

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Terminando, reprovamos ainda outro deplorável abuso: o das senhoras e moças que vão à Missa vestidas à ultima moda, às vezes bastante indecente para lugar tão Santo. Estas pessoas não medem a imensa dívida que contraem para com Deus. Jesus Cristo, do alto da cruz, parece dizer-lhes: Vê, minha filha, estou atado a este lenho, inundado de sangue, coberto de chagas, para pagar o escândalo de teus trajos inconvenientes. Tu, por ironia cruel, apareces aqui ostentando tua elegância; não te envergonhas de mostrar-te a meus olhos nesse estado em que escandaliza meus fiéis? Toma cuidado para que teu luxo e tua vaidade não te lancem ao fogo do inferno! A garridice , o luxo é como uma tocha que acende desejos ilícitos até no coração dos justos; que fogo não acenderá nos levianos e impuros?! As pessoas adornadas com tanto cuidado são sempre perigosas: desviam do altar a atenção dos homens e são a causa de distrações e pensamentos criminosos. Quem prepara o veneno comete um pecado mortal

Jesus é para nós na Eucaristia um Doutor que nos Ensina, por Padre Pierre Chaignon

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Quem não lamentaria um homem caminhando sem uma tocha no meio das trevas em um caminho ladeado de precipícios e não tendo para esclarecer os seus passos senão a luz incerta dos astros da noite? A que funestos acidentes e a que perigos se não exporá ele? Umas vezes, tomando as sombras como realidades, tremerá quando nada tem a recear, outras vezes adiantando-se com segurança, precipita-se num abismo, quando julga pôr pé em lugar seguro; triste imagem da multidão considerável de semi-cristãos, com a sua fé quase inútil porque esta é sem vivacidade! Ela projeta apenas alguns clarões pálidos e trêmulos sobre o caminho por onde marcham; daqui as quedas, as ilusões e os falsos juízos! Chamam bom o que é mau; alegram-se quando seria necessário chorar! Quanto é diferente aquele que prossegue à claridade de uma fé viva! Este está ao abrigo de todo o erro em matéria de salvação, aprecia as coisas como elas são e pelo que valem, porque as vê, e por assim dizer, pelos atos de Deus mesmo

Método Capaz de forçar a Deus nos Ouvir mesmo Quando Pedimos Felicidade Temporal, por São Cláudio de la Colombiére

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Quereis que vos dê um bom método para pedirdes a felicidade, mesmo temporal, método capaz de forçar Deus a vos ouvir? Dizei-lhe de todo vosso coração: Meu Deus, ou dai-me tantas riquezas que meu coração fique satisfeito, ou inspirai-me desprezo delas tamanho, que eu não as deseje mais; ou livrai-me da pobreza, ou me tornai-a tão amável que eu a prefira a todos os tesouros da terra; ou fazei cessar essas dores, ou, o que vos seria ainda mais glorioso, fazei que elas se convertam em delícias para mim, e que, longe de me afligirem e de perturbarem a paz de minha alma, se tornem para ela a fonte da alegria mais doce. Podeis-me descarregar da cruz, podeis-me deixar sem que eu lhe sinta o peso. Podeis apagar o fogo que me queima; e podeis, sem apagá-lo, fazer que, ao invés de queimar, me sirva ele de refrigério, como serviu aos jovens hebreus na fornalha de Babilônia. Peço-vos uma coisa ou outra. Que importa de que modo eu seja feliz! Se for pela posse dos bens terrestres, render-vos