O Dia mais Feliz da Vida de Napoleão, por Frei Benvindo Destéfani



Chegara o grande Imperador Napoleão I (1769-1821) ao apogeu de sua glória. Certo dia estava ele rodeado de seu estado maior, dos mais dedicados companheiros de armas quando percebeu que palestravam sobre o dia mais memorável da vida agitada de Bonaparte, e, interrompendo a conversa, perguntou: 
— Sabeis, senhores, qual foi o mais belo dia de minha vida? 
Todos aqueles ilustres oficiais, aqueles brilhantes generais, começaram a externar sua opinião. Lembravam as vitoriosas batalhas de Napoleão Bonaparte contra a Prússia e contra a Áustria. A todas as indicações, o imperador respondia negativamente, até que, enfim, um marechal se adiantou, indagando: 
— Majestade. Dizei-nos qual foi o melhor dia de vossa vida. 
Comovido até às lágrimas, o grande Napoleão retorquiu: 
— O dia mais belo da minha vida foi o dia da minha primeira comunhão, quando Jesus entrou pela vez primeira no meu coração inocente! 
Um fato posterior veio confirmar que essas palavras eram sinceras! 

Percorrendo mais tarde, coroado de louros, a Itália, encontrou-se, quase que acidentalmente, com o velho sacerdote, que preparara Napoleão Bonaparte para a primeira comunhão. 

Com ar afável e cheio de grata bondade, o Imperador Napoleão I cumprimentou o padre grisalho, abraçou-o e beijou-lhe a mão. 

E como prova de sua felicidade e do seu reconhecimento, Napoleão, o Grande, marcou ao sacerdote, que o preparara para a primeira comunhão, pensão anual que o referido padre deveria gozar e receber enquanto vivesse. 

Agradecendo o padre à sua majestade tamanha gratidão, o imperador atalhou: 
— Quem deverá agradecer sou eu a vossa reverendíssima. Pois vossa reverendíssima, preparando-me para a primeira comunhão, proporcionou-me o melhor dia da minha vida. Pois o dia em que, pela primeira vez, recebi Jesus em meu coração puro e inocente, foi, sem dúvida alguma, o mais belo da minha vida! 
No dia da primeira comunhão, renovem-se com solenidade as promessas do batismo e mantenham-se as crianças numa atmosfera religiosa. Levar as crianças ao teatro, ao circo, no dia da primeira comunhão, destoará da gravidade do ato religioso mais importante na vida de uma criança.



TRECHO DO LIVRO:

O SANTO SACRAMENTO DA EUCARISTIA - SUCINTAMENTE EXPLICADO AOS FIÉIS.
FREI BENVINDO DESTÉFANI.
ANO: 1940.

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