Como devemos Tratar os Padres Bons e Maus, por Monsenhor Álvaro Negromonte


A doutrina do sacerdócio me ensina, antes de tudo, a ter um grande respeito aos sacerdotes. A qualquer sacerdote. Não por motivos pessoais (é amigo, fala bem, é culto, é delicado, etc), mas por seu caráter sacerdotal. Respeito à sua missão, à sua pessoa sagrada, ao ungido do Senhor.

Mesmo que não seja um bom padre, deve ser respeitado. É sempre o representante de Jesus Cristo. Qualquer injúria feita a ele, seria ofensa feita àquele a quem ele representa.

Fazem os inimigos da Igreja uma campanha diabólica contra os padres. Caluniam. Exageram as faltas. Atribuem a todos as faltas que um e outro comete. Afastam dos sacerdotes o povo por meio de superstições (os padres dão azar, causam desastres, etc). É que os inimigos sabem que, enfraquecendo a ação dos padres, enfraquecem à Igreja; e, se fosse possível arruiná-los por completo, conseguiriam destruir também a Igreja.

Um católico deve tratar sempre bem um sacerdote, mesmo desconhecido. Dar-lhe mostras de acatamento e gentileza. Defender sempre o clero, confundir os seus acusadores.[1] Lembremo-nos da palavra de São Francisco de Assis: Se eu encontrasse um padre e um anjo, saudaria primeiro o padre (ver como se trata o padre na sua cidade).

As vocações sacerdotais no Brasil são muito poucas. É o fruto dos costumes paganizados. Rezar pelas vocações. Rogai, pois, ao Senhor da messe que mande operários à sua messe (Mt 9, 38).

Ou, então, só aparecem entre os pobres que não têm meios de manter-se nos seminários. Eu devo, por isso, ajudar as vocações, materialmente, à medida de minhas posses.



[1] Taine, o conhecido escritor francês, era anticatólico, mas escreveu estas palavras dignas de divulgação: Todos os ladrões, todos os comunistas, todos os desordeiros, todos os ébrios, todos os pervertidos, todos os indivíduos dignos de prisão são inimigos dos padres. Em compensação, todos os homens de brio, de bem, honestos, caridosos, estimáveis, delicados, todos estes simpatizam com os sacerdotes professando respeito por eles.


TRECHO DO LIVRO:


AS FONTES DO SALVADOR.
MONSENHOR ÁLVARO NEGROMONTE,
ANO: 1941.


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